sexta-feira, 23 de agosto de 2013

skate

O Skate foi inventado nos anos 60 por um grupo de surfistas da Califórnia, que na época de maré baixa queriam continuar a praticar o seu desporto.

O Skate era, então, uma forma de "surfar" no asfalto e nos seus primórdios tinha o nome de sidewalk surf.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Vagabundo

O cão que serviu de modelo ao cão Vagabundo do filme de animação "A Dama e o Vagabundo" foi uma cadela rafeira salva do canil no ultimo momento por um desenhador dos estúdios Disney.

Filmada e fotografada pelos ilustradores, e por exigências da promoção do filme, acabou os seus dias na Quinta da Disneylândia, na Califórnia.

Rua Pedro Ivo

 Existe uma rua no Rio de Janeiro, no bairro de São Cristóvão,
chamada "PEDRO IVO". Quando um grupo de estudantes foi tentar
descobrir quem foi esse tal de Pedro Ivo, descobriram que na verdade a
rua homenageava D.Pedro I, que quando foi rei de Portugal, foi
aclamado como "Pedro IV" (quarto).
Pois bem, algum dos funcionários da Prefeitura, ao pensar que o nome
da rua fora grafado errado, colocou um " O "                                               no final do nome. O erro
                                            permanece até hoje. 

sábado, 10 de agosto de 2013

yucatán




A parte do México conhecida como Yucatán vem da época da
conquista, quando um espanhol perguntou a um indígena como eles
chamavam esse lugar, e o índio respondeu " Yucatán ". Mas o espanhol
não sabia que ele estava informando " Não sou daqui ".


Kangoroo?

Quando os conquistadores ingleses chegaram a Austrália, se
assustaram ao ver uns estranhos animais que davam saltos incríveis.
Imediatamente chamaram um nativo ( os aborígenes australianos eram
extremamente pacíficos ) e perguntaram qual o nome do bicho. O índio
sempre repetia " Kan Ghu Ru ", e portanto o adaptaram ao inglês, "
kangaroo" ( canguru ).
Depois, os linguistas determinaram o significado, que era muito claro:
os indígenas queriam dizer: "Não te entendo ".

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Caixa de Pandora

O que é Caixa de Pandora:

Caixa de pandora é um mito grego que narra a chegada da primeira mulher à Terra e, com ela, a origem de todas as tragédias humanas. Essa história foi contada pelo poeta grego Hesíodo, que viveu no século VIII a.C.

De acordo com a obra, o titã Prometeu presenteou os homens com o fogo para que dominassem a natureza. Zeus, o chefão dos deuses do Olimpo, que havia proibido a entrega desse dom à humanidade, arquitetou sua vingança criando Pandora, a primeira mulher. Antes de enviá-la à Terra, entregou-lhe uma caixa, recomendando que ela jamais fosse aberta, pois dentro dela, os deuses haviam colocado um arsenal de desgraças para o homem, como a discórdia, a guerra e todas as doenças do corpo e da mente mais um único dom: a esperança.

Vencida pela curiosidade, Pandora acabou abrindo a caixa, liberando todos os males no mundo, mas a fechou antes que a esperança pudesse sair. Essa metáfora foi a maneira encontrada pelos gregos para representar, num enredo de fácil compreensão, conceitos relacionados à natureza feminina, como a beleza, a sensualidade e o poder de dissimulação e de destruição.



Uma outra versão é de que Pandora foi mandada por Júpiter com boa intenção, a fim de agradar ao homem. O rei dos deuses entregou-lhe, como presente de casamento, uma caixa, em que cada deus colocara um bem. Pandora abriu a caixa, e todos os bens escaparam, exceto a esperança.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Camelo?

No Novo Testamento, no livro de São Mateus, está escrito " é mais
fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha que um rico entrar no
Reino dos Céus "... O problema é que São Jerónimo, o tradutor do
texto, interpretou a palavra " kamelos " como camelo, quando na
verdade, em grego, "kamelos" são as cordas grossas com que se amarram
os barcos. A ideia da frase permanece a mesma, mas qual parece mais
coerente?


domingo, 4 de agosto de 2013

A lenda das duas Chaves (Origem do nome da cidade de Chaves)


 Esta é uma das lendas da origem do nome da cidade de
 Chaves — uma lenda em que o amor supera todas as faltas. Passa-se na época remota do poderio romano na Península. 


Quando reinava o imperador Tito Flávio Vespasiano, as legiões romanas chegaram triunfantes à Ibéria, atravessando as regiões da Galiza e de Trás-os-Montes. Porque a terra era boa, fixaram-se nesta última província, começando a construir estradas e pontes. Ora, tendo os Romanos uma autêntica devoção pela água, grande foi a sua alegria quando descobriram «águas quentes jorrando da terra».
Construíram logo aquedutos e um grande tanque onde se iam banhar, conseguindo curas fantásticas por intermédio dessas águas medicinais. Tal foi a sua fama, que chamaram à cidade ali construída Aquae Flaviae. Tão progressiva se tornou, que o próprio imperador Tito Flávio Vespasiano colocou aí como procurador um seu primo, o jovem Décio Flávio, então comandante da Legião Sétima. 
Certo dia, o cônsul Cornélio Máximo recebeu em Roma uma mensagem do jovem Décio Flávio, e achou por bem consultar sua filhaLúcia.
Era manhã ainda e o Sol estava quente. Envolta num manto leve que lhe ocultava o rosto, Lúcia encaminhou-se rapidamente para o aposento onde o pai a esperava. Mal a viu, o cônsul foi ao seu encontro:
— Lúcia, não ignoras decerto que o primo do nosso imperador, Décio Flávio, se encontra em Aquae Flaviae, uma nova cidade de que dizem maravilhas.
Lúcia baixou a fronte, para logo a levantar num assomo de energia. Respondeu, tentando serenidade:
— Bem o sei, meu pai. A última vez que vi Décio Flávio foi nas vésperas da sua partida, no palácio imperial.
Franzia as sobrancelhas a um rápido e angustioso pensamento. Perguntou aflita:
— Aconteceu-lhe alguma coisa?
O cônsul sorriu e serenou a angústia da filha:
— Não! Décio Flávio está cada vez melhor! A sorte acampa com ele. No entanto, mostra-se preocupado.
— Porquê?
— Preocupado contigo, minha filha!
Lúcia sentiu bater mais forte o coração.
— Comigo?... É grande honra para mim...
O cônsul voltou a sorrir. Lúcia procurava que o pai não a olhasse de frente, para não ver o seu enleio. Mas já o velho Cornélio se aproximava, obrigando-a a olhá-lo face a face. Perguntou:
— Lúcia! Que se passa entre os dois?
Cada vez mais embaraçada, a jovem mentiu:
— Nada, meu pai. Décio tem uma bonita carreira à sua frente. Merece uma mulher bonita... além de rica!
— E tu... não és formosa?
A jovem mordeu os lábios. Baixou de novo o olhar para que o pai não notasse o seu grande sofrimento. Depois, respondeu numa voz emocionada:
— O pai bem sabe que fui formosa! Mas hoje... com estas feridas na cara e nas mãos...
Calou-se. As lágrimas soltaram-lhe dos olhos e exclamou, chorando:
— Oh, meu pai! Porque me atormenta? Porque me fala em Décio Flávio e me obriga a falar da minha doença?
— Porque ele enviou-nos hoje um mensageiro.
A jovem deixou de chorar.
— Um mensageiro?... Para quê? Que diz ele?
Pausadamente, o cônsul apresentou um objecto que não pusera até então em evidência, e explicou:
— Décio manda-te de presente esta caixa forrada de seda e contendo duas chaves de ouro.
A jovem mostrou-se perplexa.
— Duas chaves?... Para mim?
— Sim, minha filha. São chaves simbólicas, segundo o mensageiro explicou.
A ansiedade da jovem Lúcia ia crescendo.
— Meu pai... mas... que simbolizam essas chaves?
— Saúde... e amor!
Lúcia levou uma das mãos ao peito, como se tivesse recebido uma pancada. As lágrimas voltaram-lhe aos olhos. A sua voz soou emocionada:
— Amor!... Amor, talvez, porque o amo desde que nos encontrámos numa tarde de corridas. Mas a saúde... a saúde... quem poderá oferecer-ma?
As lágrimas corriam pelo rosto chagado de Lúcia. O cônsul exclamou, firme:
— A saúde, oferece-ta Décio Flávio!
Ela meneou a cabeça.
— Não, ele não poderá ver-me assim! E eu não consigo curar-me!
O cônsul Cornélio acariciou um dos braços de sua filha. O seu estado de amargura enternecia-o.
— Ouve, Lúcia, quero que saibas tudo. Décio, na sua mensagem, oferece-me um lugar em Aquae Fluviae, para que assim tenhas a possibilidade de tomar os banhos dessas águas extraordinárias e encontres a cura para os teus males. Oferece-te, pois, as chaves da saúde… e do amor!
Ela voltou a menear a cabeça, sempre chorando.
O cônsul continuou:
— No entanto, se não quiseres sair de Roma, só terás que devolver-lhe essas duas chaves. O seu mensageiro parte amanhã, levando ou não essa lembrança que Décio Flávio te enviou. Decide, pois!
Lúcia mordeu os lábios, sem saber que dizer. Por fim olhou o pai.
— Não sei que pensar... Tem a certeza que Décio Flávio disse tudo isso?
— Queres ouvir o próprio mensageiro? Não te serve a minha palavra?
Lúcia caiu em si.
— Perdoe-me, meu pai! Nem sei o que digo!
— Porque choras, então?
Ela sorriu por entre as lágrimas.
— Porque Décio Flávio continua a pensar em mim!
— E isso é motivo de choro?
— Também se chora de alegria. Contudo...
— Contudo, o quê?
— Flávio merece melhor sorte! Já não sou a mesma que ele conheceu e amou!
— Recusas o seu auxílio?
Ela afligiu-se.
— Oh, não!
— Que digo, nesse caso, ao mensageiro?
Lúcia ficou uns momentos pensativa. Depois, resoluta, declarou:
— Pai! Diga ao mensageiro de Décio Flávio, que partiremos o mais rapidamente possível!

Alguns meses passaram. Obtida a necessária licença do imperador Vespasiano, Cornélio Máximo seguiu com sua filha para a então famosa Aquae Flaviae, uma das mais florescentes cidades do Império, na Península. Duas semanas depois de chegarem, Décio Flávio foi visitar os seus amigos, mas Lúcia recusou-se a aparecer. Ficando sós, Décio e o cônsul, este dirigiu-se amistosamente ao procurador.
— Muito agradeço, Décio Flávio, o teu convite e a honra da tua visita. Lúcia e eu jamais esqueceremos o teu gesto!
Décio sorriu.
— O que fiz não deve ser agradecido, pois foi no meu próprio interesse.
O cônsul olhou o seu visitante.
— Queres explicar-te melhor?
Décio respondeu num tom quase malicioso:
— Cornélio Máximo! Para um homem inteligente como tu não serão necessárias mais explicações. Bem compreendeste o que pretendi dizer.
Sorriu também o cônsul romano, e retorquiu no mesmo tom:
— E ao extraordinário Décio Flávio não será necessário dizer mais para que compreenda o meu propósito.
Décio riu com elegância e exclamou:
— Sempre o mesmo gracioso e prático cidadão!
Deu dois passos pelo aposento. Tornou-se subitamente sério e, voltando-se num movimento decidido, falou no seu ar conciso:
— Verifico que queres ouvir o que não cheguei a dizer senão na intimidade do meu pensamento: um pedido formal de casamento para tua filha Lúcia.
Cornélio concordou:
— É isso mesmo. Queria saber da tua boca se estás disposto a casar com ela agora... e livre de qualquer compromisso tomado anteriormente à sua doença.
Décio encarou o cônsul romano.
— Amo Lúcia e sempre a amarei! Ela vai curar-se, estou certo! Mas, seja qual for o resultado do tratamento, o meu pedido manter-se-á. Onde está ela?
— Recusa-se a aparecer enquanto não estiver curada.
— Pois diz-lhe que desejo falar-lhe imediatamente.
Nesse mesmo instante uma cortina do fundo abriu-se, e a jovem Lúcia entrou com o rosto velado. A sua voz era pouco firme ao dizer:
— Décio Flávio... aqui estou!
O jovem romano voltou-se. A sua surpresa era evidente:
— Lúcia! Porque trazes o rosto coberto por um véu?
— Porque ainda não estou bem.
— E porque não vieste logo?
— Porque não tencionava ver-te! Mas ouvi a tua voz… essa voz que cantava sempre dentro do meu peito as últimas promessas trocadas antes de partires... e não resisti à tentação de aparecer-te!
Ele agarrou-lhe os pulsos, pois as mãos estavam cobertas por ligaduras.
— Lúcia... minha Lúcia! Quantos banhos já tomaste desde que chegaste aqui?
— Seis.
— E sentes melhoras?
— Se as não sentisse, já teria regressado a Roma. Não me perdoaria, privar-te de uma mulher bonita! Devem existir por aqui muitas beldades desejosas de merecer-te!
Ele apertou-lhe os pulsos e murmurou:
— Bem sabes que és a mulher mais bela de Roma!
Ela tentou protestar.
— Exageras...
— Lembra-te de que o próprio imperador o dizia. Tu serás minha e só minha!
Ela meneou a cabeça, com aflição.
— Não, Flávio! Só quando estiver curada!
— O que será muito em breve!
E acariciando-lhe os cabelos através do véu:
— Faremos um grande festim e daremos largas à nossa felicidade!
A poucos passos, o cônsul Cornélio Máximo lembrou a sua presença:
— Bem... Já que se esqueceram de mim, aproveito para ir dar umas ordens.
Lúcia protestou:
— Pai, fique connosco! Décio Flávio é nossa visita...
Maliciosamente, o cônsul retorquiu:
— Décio Flávio fica bem entregue. Farás com dignidade as honras da casa a tão ilustre hóspede. Eu não me demorarei.
E saiu. Ficando sós, Décio Flávio tentou ver o rosto da jovem. Ela recuou apavorada:
— Não, Décio Flávio! Não quero que em ti fique a mínima recordação desagradável a meu respeito!
— Desejava tanto ver a luz desses teus olhos tão belos, que enchiam a minha alma!
— Não! Perdoa-me, mas pouco tempo faltará! Estou quase curada e a ti o devo!
— Pois seja, meu amor! Mas, pelo menos, permite que te procure com assiduidade. Preciso de ouvir a tua voz, já que me falta a luz do teu rosto!
— Ver-te e ouvir-te é o que mais ambiciono na vida. O teu amor por mim é parte da minha cura! E, já agora, deixa que te comunique quão feliz me tornou aquela caixa tão bonita, forrada de seda e contendo duas chaves em ouro: duas chaves simbólicas que dizem bem do teu carácter e da sorte que tive em ter-te agradado!
O jovem romano acariciou mais uma vez os cabelos da sua bem-amada e pediu:
— Lúcia, guarda essas duas chaves por toda a nossa vida!
Lúcia concordou:
— Assim farei! E se possível for... que elas fiquem por toda a eternidade contando à gente vindoura o que pode um verdadeiro amor!

 Biblio: MARQUES, Gentil. Lendas de Portugal . Círculo de Leitores.Volume  V.